quarta-feira, julho 28, 2004

gritou a voz liberta no alvoroço da madrugada



A voz indicou o caminho
isolou o rosto
diluiu memórias
esqueceu o nome
humedeceu o olhar
pressentiu a noite nervosa
ergueu bocas
em beijos loucos
impediu o canto das aves
juntou à alma o mar
espreitou pela janela
prendeu-se num raio de luz
divagou desejos
cicatrizou feridas
congelou lágrimas
culpou a solidão
uniu dois corpos
a voz
deixou por fim
ouvir o amor

onda

1 comentário:

Anónimo disse...

flores
por aqui, a voz acabou..

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...